O Tiozão na moda


Um dos jingles mais interessantes do momento (ao menos no ano passado) foi aquele criado para a campanha do automóvel Sentra da Nissan composta pela banda fictícia The Uncles (com cara de Beatles, note o nome de seus integrantes - Paulo, João, Bingo e Jorge), foi até criado um site oficial da banda mencionando a sua volta triunfal depois de vinte anos de inatividade. Uma estratégia interessante para criar um verdadeiro “burburinho” em torno de sua campanha de marketing. A musiquinha “não tem cara de tiozão...” é tão eficiente que não sai de nossa cabeça e vira e mexe nos pegamos, mentalmente, cantando-a. Mas, em se tratando de marketing, que é o nosso objetivo, esta campanha publicitária possuí várias conceitos mercadológicos que ajuda, e muito, o entendimento desta importante área de conhecimento.
Primeiramente destacamos um componente importante de todo processo mercadológico que é a propaganda, uma das ferramentas do composto de promoção. Tem por objetivo exclusivo mostrar aos consumidores potenciais que a organização, no caso a Nissan, possuí um produto para saciar a sua necessidade ou para resolver um problema de status, conforto, luxo ou simplesmente de locomoção. Repare como em vários momentos a peça publicitária destaca os diferenciais do automóvel com o objetivo despertar os desejos de seus consumidores.
No entanto apenas mostrar aos consumidores que a empresa possuí tal produto não é suficiente, ela precisa chamar sua atenção e para isso usa de um jingle fácil de cantar que fica gravado em nossa mente. Uma musiquinha que realmente pega. Com essa estratégia a empresa consegue chamar nossa atenção e o melhor, faz com que sua campanha publicitária vire assunto em várias conversas de amigos, colegas de trabalho e familiares e, em alguns casos, até piadinha em algumas situações de nosso cotidiano (não vou exemplificar para não ser processado).
Ainda é muito cedo para saber se realmente irá reverter em maiores vendas, mas que fez um burburinho positivo no mercado, isso fez.
Agora, o mais importante desta campanha publicitária é o fato de tentar mudar o comportamento do consumidor. Com o bordão “não tem cara de tiozão”e com o uso inteligente do humor a empresa tenta mostrar aos consumidores, principalmente os mais jovens, que um sedan não é um carro destinado apenas aos consumidores mais velhos e que pode, e a empresa deseja, que também seja adquirido por este segmento de mercado.É uma tentativa de mudar a concepção que o mercado possuí de que carros grandes são destinados às pessoas mais velhas e bastante “careta” para os jovens. Esta mudança cultural é uma tarefa hercúlea para a empresa e somente o futuro nos dirá se terá sucesso, ou se apenas será um daqueles casos em que todos lembramos da propaganda, mas não do produto.

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