Criando um mercado – O Caso H2OH!



Um dos maiores sucessos deste verão é o refrigerante ou água gaseificada com um leve sabor de limão H2OH! da multinacional Pepsico e distribuído no Brasil pela Ambev. Mas, o que torna tão interessante este exemplo de mercado? Já não temos tantos outros refrigerantes que com um investimento pesado nas mídias tradicionais se tornaram um sucesso de venda? Qual o diferencial que a empresa ou o produto nos auxilia a entender um pouco de marketing? Bom, para saciar sua curiosidade, vamos a eles!
Primeiramente você naturalmente perceberá que o desenvolvimento do produto é fruto de uma análise criteriosa do comportamento do consumidor. Foi notado, por meio de uma análise sistematizada do mercado, ou seja, uma pesquisa, uma mudança em seus hábitos e costumes. Percebeu-se que os consumidores estão preocupados com a saúde e principalmente com a estética para manter os padrões de beleza que a sociedade moderna exige. Note o grande número de produtos diet e light que estão disponíveis no mercado. Com esta constatação a Pepsi naturalmente investiu em um produto de “Zero Caloria” para atender a esta mudança nos padrões de consumo atuais.
Agora, o mais interessante no caso do H2OH!, foi à criação de um novo mercado. Este produto, independente de sua classificação dos meios legais, pois nosso objetivo é tratar das percepções dos consumidores, não é água muito menos refrigerante, é um novo conceito de produto e foi criado um novo mercado para encaixar este novo produto, ou novo conceito de produto.
Este novo mercado criado é interessante por que rouba consumidores tradicionais da água mineral - o que também virou um padrão de status andar com sua garrafinha de água mineral para todo lado – como dos refrigerantes de baixa caloria denominados de diet e light ou de zero caloria. A Pepsi poderia simplesmente ter nomeado a H2OH! como um refrigerante de baixa caloria, mas nesta situação iria se defrontar com outros produtos que já estão mais sedimentados no mercado e tornaria a sua disputa mais acirrada, pois competiria com outros produtos que já se encontravam no mercado e segmentaria ainda mais a demanda por seu produto, ou poderia nomear o seu produto como uma água com sabor e, neste caso, iria concorrer com as várias versões de água mineral disponíveis no mercado.
Em vez disso criou uma nova categoria de produto uma mistura de água com refrigerante, em um processo de Marketing Lateral (a junção de dois produtos ou dois mercados para a criação de um terceiro), e o mais importante, por ser o primeiro a lançar um produto nesta nova categoria que foi criada se tornará sinônimo de produto, você não pede no restaurante uma água gaseificada com um leve sabor de limão, mas sim uma H2OH.
É por isso que o caso da H2OH é um ótimo exemplo de marketing, pois a empresa identificou uma necessidade insatisfeita no mercado e criou uma nova categoria de mercado. Agora, para os seus concorrentes resta apenas a alternativa de copiar o líder da categoria, como você já pode perceber nas inúmeras cópias que estão disponíveis no mercado.
Portanto, percebemos que pensar em termos de marketing é simples, basta apenas saber “ler” adequadamente o mercado e entender como os consumidores se comportam e como eles procuram produtos ou serviços para resolver os seus problemas atuais. Com esta percepção, você conseguirá, cada vez mais, satisfazer de forma eficiente às necessidades e desejos dos consumidores.

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