Como se destacar no meio de tanto ruído…?
Em
mercados nos quais os consumidores recebem uma centena de estímulos sensoriais
em seu dia a dia, conseguir chamar atenção para a sua estratégia de Marketing
se torna um grande desafio. Se não bastasse para as empresas ter que disputar o
mercado contra aos seus rivais, ainda é necessário brigar com todos os amigos
que o cliente possuí em suas redes sociais. E, obviamente, na disputa entre em
marca e os seus amigos, naturalmente os últimos levarão vantagem. Assim,
torna-se necessário pensar diferenciadas e inteligentes para conseguir capturar
a atenção dos clientes frente a tantos estímulos.
Uma
das formas de tentar quebrar o famoso escudo protetor que os consumidores
erguem para se defender de tantos estímulos – note que somos obrigados a
filtrar tantas informações como uma forma de não sobrecarregar nosso cérebro, e
assim, economizar energia – é o que conhecemos como Branding Sensorial, que
consiste em usar outros sentidos dos consumidores, não apenas a visão e a
audição, os mais tradicionais, mas também o tato, o olfato e o paladar para
transmitir uma experiência diferenciada para os seus clientes e assim,
conseguir sobreviver em um contexto com tantos estímulos.
Para muitos, uma forma
interessante de conseguir chamar atenção dos consumidores, bem como estabelecer
um posicionamento adequado, bem como um fortalecimento de marca, é a utilização
de jingles em seu processo de comunicação – nesse caso trabalhando com a
audição dos consumidores para estabelecer um diferencial competitivo. Alguns
são tão marcantes, que basta alguém começar a cantarolá-lo que, além de
lembrarmos da marca, ainda somos capazes de terminar a música. Isso não quer
dizer que pelo simples fato dos consumidores terminaram uma canção que já está
estabelecida em seu subconsciente o leve a comprar um produto, mas pelo simples
fato de lembrar da marca, em meu a uma imensidão de estímulos, já é uma grande
vitória.
Ainda falando de estímulos
sensoriais, mais precisamente o trabalho com a audição, costumo mostrar em
minhas aulas como esse componente é importante. Quem não se lembra da trilha
sonora do filme Tubarão? O predador quase não aparece no filme, mas a música
consegue criar uma tensão tão grande, que nos apavoramos mesmo sem ver o
peixe…, e sem a trilha sonora, o que seria do filme? Será que faria tanto
sucesso, acredito que não, porque o tubarão do filme era desengonçado e não
dava medo em ninguém. Ou então a música do Fantástico…, imagino que você
já pensa em segunda-feira, não é mesmo? Ou do Plantão do Jornal da Globo?
Tragédia, entre outros estímulos auditivos como a música tema de Star Wars,
Indiana Jones, entre outras. São estímulos muito fortes que ao nos depararmos
com esses estímulos, nos lembramos automaticamente do produto e da marca.
E, com as empresas ocorre a
mesma situação. Quem não se lembra do jingle da Mapfre seguros… “Mas, se tem
Mapfre tem jeito”. Ou a música do Dollynho? Da pipoca com Guaraná? Da poupança
Bamerindus? Do big Mac “dois hambúrgueres alface, queijo molho especial…” ?
Aposto que pelo menos em um ou dois exemplos você continuou com o jingle, não
foi?
Isso ocorre porque essas
músicas desenvolvidas para uma empresa são simples, então são fáceis de
aprender e guardar, passam exaustivamente para que se tornem habituais aos
nossos ouvidos, e também porque temos um relacionamento diferenciado com as
músicas, temos a trilha sonora das fases mais importantes de nossas vidas, como
o primeiro encontro, o casamento, entre outras fases. Portanto, é mais fácil de
estabelecer um relacionamento entre marca e percepção dos consumidores com o
uso desses componentes sonoros.
Acho essas estratégias muito
interessantes, visto que, no meio de tanto desenvolvimento tecnológico no qual
estamos presenciando, estratégias “antigas” ainda são importantes e
fundamentais para o fortalecimento de uma marca. Portanto, como se destacar
no meio de tanto ruído? Ter um ruído melhor.., então, qual a trilha sonora de
sua marca?