Quem disse que mala direta não funciona?
O uso da mala direta, um das
ferramentas de marketing direto , esta com os dias contados. Se antes a simples
compra de um cadastro de clientes significava um baixo investimento com um alto retorno, acabou por se tornar uma
forma invasiva de entrar em contato com os clientes. Chegamos a um ponto em que
nem chegamos a abri-las, vão diretamente para a lata de lixo. Mas, qual o
motivo de chegarmos a esta saturação? Simples, pelo fato de ser fácil. Quando
algo é fácil, todo mundo faz e, sem uma oferta diferenciada, a ação perde a
eficácia. Lembro-me de uma época que pesquisadores informavam que para um
cliente ser forçado pela curiosidade a abrir uma mala direta, a mesmas deveria
ser um pouco “gordinha” ou recheada. Não é que uma grande instituição
financeira começou a mandar mala direta cheia de fitilho! Isso mesmo, tudo para
chamar a atenção dos consumidores.
Mas, isso não significa o fim
desta importante ferramenta de marketing direto. Note como esta estratégia esta
passando por modificações. Esta se adaptando aos novos anseios e desejos dos
consumidores e se modernizando. Hoje se chama e-mail marketing.
Note as mudanças. Com o começo da
internet, todo mundo mandava e-mail marketing para os clientes (como ocorreu
com a mala direta), os famosos spans. Agora que os consumidores estão
amadurecendo o seu relacionamento com os meios digitais a mala direta digital,
volta aos seus dias de glória. Como? Pensando estrategicamente.
Segundo matéria publicada pelo
site Mundo do Marketing, o e-mail marketing representa 30% das vendas da web. Sim,
30%!!! Estes números devem-se ao formato de relacionamento com os clientes via
web, ou seja, o famoso marketing de permissão. É mencionado o caso do site
ViajaNet onde 30% de suas vendas são realizadas por meio do e-mail marketing. A
empresa consegue estes números simplesmente segmentando suas mensagens. Os
consumidores cadastrados (olhe o marketing de permissão) recebem ofertas de
viagens de acordo com seu padrão de consumo, ou seja, de acordo com o destino
que pesquisam ou compram suas passagens.
Isso quer dizer que antes de
declararmos o fim de uma estratégia mercadológica precisamos primeiros entender
os motivos de sua saturação. Não é porque uma estratégia não é eficaz para uma
empresa que não poderá ser para a sua. Até a mala direta física ainda tem sua
utilidade, ainda existem muitos mercados e produtos que ela é bastante eficaz.
Basta apenas trabalhar de forma adequada. Segmente seu mercado, mande correspondências
personalizadas (não apenas o envelope, mas também o conteúdo), saiba o que seus
clientes precisam e, respeite a sua privacidade.