Johnnie Walker X João Andante


A busca pela Diageo, dona da marca Johnnie Walker, em garantir uma posição de destaque no mercado brasileiro estava "caminhando" muito bem. Começou com a belíssima campanha intitulada o "Gigante não esta mais adormecido" , a única na história da empresa dedicada a um mercado específico. Mas, será que estão passando um pouco dos limites? Tirem as suas conclusões.
A Diageo esta processando por plágio a cachaça João Andante (ver matéria), uma pequena empresa que vende 200 garrafas por mês na base da indicação e por meio da internet. A alegação da empresa inglesa é de que os donos da pequena cachaçaria, criada em 2003 por um grupo de amigos, estaria associando a sua criação como um primo do interior de Johnnie Walker, que migrou para o Brasil durante a primeira guerra e que resolveu fabricar cachaça ao invés do uísque. Tem mais cara de brincadeira de uma empresa artesanal, do que uma estratégia mercadológica, não é mesmo?
É obvio que as empresa precisam mapear os seus concorrentes - neste caso concorrentes indiretos, produtos diferentes que satisfazem as mesmas necessidades dos seus consumidores - mas acho que foi um exagero.
A ação da Diageo esta apenas dando notoriedade a pequena marca mineira. Se ela não existisse, acredito que dificilmente teríamos conhecimento da cachaça, e ficaria restrita a suas 200 garrafas que são vendidas mensalmente de forma artesanal. Agora, com todo este burburinho criado em torno da ação movida pela Daigeo, a veiculação de sua marca nos meios de comunicação, os donos da João Andante devem estar agradecendo, e muito, ao seu "primo inglês".

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