Por que gostamos de rostos em mensagens de marketing?
Por que gostamos de rostos em mensagens de marketing?
Bom, teríamos vários argumentos em
relação a esta evidência científica, afinal, inúmeras áreas de conhecimento
validam está percepção em termos de consumo, mas, vamos nos concentrar em
alguns pontos sem querer esgotar o tema.
Pesquisas em Neuromarketing usando a
tecnologia de Eye Tracking demonstram que em propagandas que destacam rostos,
existe uma maior possibilidade de direcionar a atenção das pessoas.
Invariavelmente, mapeando os saltos e paradas oculares, nota-se que além de
focar nos rostos os voluntários passam mais tempo neste estímulo, e mais
interessante ainda, se este rosto estiver direcionado para um determinado
objeto ou mensagem, as pessoas também o seguem, ou seja, olham para a face da
pessoa e posteriormente para o local onde
o modelo estiver olhando. É muito interessante… é como se estivessem “pegando
na mão” e conduzindo todo o processo visual.
Bom, já dá para notar sua efetividade
em termos de tentar garantir uma fluência das mensagens, não é mesmo?
Agora, saber de sua efetividade é
muito bom, mas…. conhecer o porquê é melhor ainda… então, vamos lá? Vamos
entender um pouco alguns aspectos inerentes a estes comportamentos não
conscientes dos consumidores para que você possa aplicar em seu ambiente de
negócios?
Como ainda guardamos resquícios de
nossos antepassados caçadores e coletores, a identificação de um rosto está
catalogado em nossa memória de longo prazo, como mecanismo de sobrevivência, e certo
sinal de segurança. Naquele momento de nossa existência, tudo poderia representar
perigo, desta forma, de forma automática, procurávamos dicas em estímulos que
pudessem representar segurança. Assim buscávamos nossos iguais para nos
proporcionar uma melhor possibilidade de inexistência de perigo. Os nossos
pares representavam o “não perigo”.
Nós somos uma máquina de capturar os
sinais do contexto para desenvolver um cenário que melhor se adeque as nossas
expectativas, e também para que possamos prever, o que nomeamos como
previsibilidade dos fenômenos, para antever possíveis ameaças sem a necessidade
de pensar o que fazer, para decisões automáticas. Com base nesta habilidade de
ler sinais somos hipnotizados por rostos porque conseguimos, graças à anos e
anos de evolução a interpretar os micro movimentos faciais de nossos
interlocutores para saber se seria uma ameaça ou não, bem como os sentimentos
apresentados na face de nosso interlocutor.
Não costumamos dizer que fulano nos
assustou só com o seu olhar. Ou que somos tão bons em contratar pessoas para
determinadas funções e que, só no primeiro olhar, já sabemos se é a pessoa
certa para o cargo. E também quando suspeitamos do olhar se alguém na rua e
atravessamos para a outro lado da calçada para evitar cruzar com esta pessoa.
Pois bem, todas estas situações estão relacionadas a nossa habilidade de ler os
sinais nos rostos das pessoas. Um processo não consciente, automático, e que
nos ajudou na perpetuação da espécie.
É por isso que estás ações são
eficazes. Nos concentramos no estímulo (rosto) para ler os sinais que podem ser
representados.
E, por último, podemos também destacar
nossa empatia, neurônios espelho, ou simplesmente a capacidade de se colocar no
lugar de outros. Quando nos deparamos com uma propaganda que evidencia o rosto
de outra pessoa, direcionamos nosso olhar porque nos colocamos em seu lugar e
conseguimos ler seus sentimentos, seja felicidade, medo, tristeza, e assim nos
envolvemos nesta jornada.
Bom, estes são apenas alguns pontos
que evidenciam porque somos apaixonados por rostos, e nos ajuda a entender tais
motivos e refletir em como usar este estímulo poderoso em estratégias de
marketing e comunicação. Mas, lembre-se. Use estas estratégias com prudência. O
excesso destes estímulos pode levar a cegueira da repetição, no qual, um evento
é tão recorrente que não chama mais atenção dos consumidores. E, mais ainda.
Cuide de todo o marketing de sua empresa, porque de nada adiantará chamar
atenção dos clientes se não entregar uma experiência única.
Isso é o Neuromarketing nos ajudando a
ler as respostas não verbais dos consumidores para potencializar as estratégias
mercadológicas. É o ato de desmistificar o Neuromarketing.